Em 24 de março no turno da tarde recebemos a visita da equipe pedagógica do Núcleo de Educação.
- Vânia: Coord. de Ensino;
- Francicleia: Formadora que acompanha o ensino do 6º oa 9º ano;
- Mª da Gloria ( Dira): formadora do 4º e 5º ano;
- Gercilda: formadora do 1º, 2º e 3º ano
O encontro teve como objetivo da continuação a formação de Gestores e Coordenadores realizado coletivamente. Nesse momento os trabalhos foram direcionados as particularidades e realidades da Unidade de Ensino individualmente buscando superar obstáculos para a melhoria da qualidade da educação oferecida nas redes estaduais do município.
Os desafios do coordenador pedagógico
Mais do que resolver problemas de emergência e
explicar as dificuldades de relacionamento ou aprendizagem dos alunos, seu
papel é ajudar na formação dos professores
Muito se tem
falado sobre o papel do coordenador pedagógico. Afinal, por que ele é
necessário? Quem dera coordenar fosse simples como diz o dicionário: dispor
segundo certa ordem e método; organizar; arranjar; ligar.
O coordenador
pedagógico, muito antes de ganhar esse status, já povoava o imaginário da
escola sob as mais estranhas caricaturas. Às vezes, atuava como fiscal, alguém
que checava o que ocorria em sala de aula e normatizava o que podia ou não ser
feito. Pouco sabia de ensino e não conhecia os reais problemas da sala de aula
e da instituição. Obviamente, não era bem aceito na sala dos professores como
alguém confiável para compartilhar experiências.
Outra imagem
recorrente desse velho coordenador é a de atendente. Sem um campo específico de
atuação, responde às emergências, apaga focos de incêndios e apazigua os ânimos
de professores, alunos e pais. Engolido pelo cotidiano, não consegue construir
uma experiência no campo pedagógico. Em ocasiões esporádicas, ele explica as
causas da agressividade de uma criança ou as dificuldades de aprendizagem de
uma turma. Hoje o coordenador organiza eventos, orienta os pais sobre a
aprendizagem dos filhos e informa a comunidade sobre os feitos da escola.
Mas isso é
muito pouco. Na verdade, ele se faz cada vez mais necessário porque professores
e alunos não se bastam. Além das histórias individuais que todos escrevemos, é
preciso construir histórias institucionais. É duro constatar a fragilidade de
tantas escolas que montam um currículo e uma prática efetiva durante anos e
perdem tudo com a transferência ou a aposentadoria de professores. Construir
história nos torna humanos, e é de estranhar que, justamente na escola, tantas
vezes tudo recomece do zero. O coordenador eficiente centraliza as conquistas
do grupo de professores e assegura que as boas idéias tenham continuidade.
Além do que
se passa dentro das quatro paredes da sala de aula, há muito mais a aprender no
convívio do coletivo - no parque, no refeitório, na rua, na comunidade. A
dinâmica nesses espaços deve ser ritmada pelo coordenador. É preciso lembrar
ainda que só quem não está em classe, imerso naquela realidade, é capaz de
estranhar. E isso é ótimo! É do estranhamento que surgem bons problemas, o que
é muito mais importante do que quando as respostas aparecem prontas.
Só assim é
possível que o coordenador efetivamente forme professores (e esse é o seu papel
primordial). Ampliando a significação do dicionário, eu diria que no dia-a-dia
de uma instituição educativa é preciso:
- dispor segundo certa ordem e método as ações que colaboram para o fortalecimento das relações entre a cultura e a escola;
- organizar o produto da reflexão dos professores, do planejamento, dos planos de ensino e da avaliação da prática;
- arranjar as rotinas pedagógicas de acordo com os desejos e as necessidades de todos; e ligar e interligar pessoas, ampliando os ambientes de aprendizagem.
- dispor segundo certa ordem e método as ações que colaboram para o fortalecimento das relações entre a cultura e a escola;
- organizar o produto da reflexão dos professores, do planejamento, dos planos de ensino e da avaliação da prática;
- arranjar as rotinas pedagógicas de acordo com os desejos e as necessidades de todos; e ligar e interligar pessoas, ampliando os ambientes de aprendizagem.
Esse é o
sentido de ser um bom coordenador, não de uma instituição, mas de processos de
aprendizagem e de desenvolvimento tão complexos como os que temos nas escolas.
Que os que desejam se responsabilizar por essa importante função vejam aqui um
convite para criar um estilo de coordenar.
Silvana Augusto (gestaoescolar@fvc.org.br)
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